Profissional Industrial
Engenharia Agrônoma
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A formação em Engenharia Agrônoma possibilita a atuação do profissional em diferentes atividades, sendo que o principal objetivo é o aumento da produtividade agrícola, o controle de pragas e a renovação da terra – esta última, no sentido de protegê-la de desgastes naturais, como enchentes e erosões, ou humanas, que promovem o esgotamento do solo quando não há um rodízio de culturas, por exemplo.
Também faz parte do universo de atuação do engenheiro agrônomo as atividades voltadas à produção sustentável e à segurança alimentar, com o objetivo de promover a produção sem perder de vista a importância de preservar o meio ambiente e possibilitar procedimentos sustentáveis.

As atividades do Profissional
O engenheiro agrônomo, no trabalho voltado ao aumento da produtividade agrícola, pode atuar no combate a pragas e outros males que possam afetar a produção. Para isso, sua atuação é pautada na busca pelas melhores práticas de adubação, irrigação e combate. Apesar de boa parte das oportunidades estarem relacionadas às atividades no campo, os profissionais também podem atuar em escritórios, na assessoria ao agronegócio, e em pesquisas e projetos voltados ao aumento da produtividade.
A área permite uma atuação ampla, incluindo a área de fiscalização, assistência técnica, atuação na área de ensino e com diferentes frentes de trabalho, que vão da produção de alimentos ao desenvolvimento da energia renovável, e até mesmo atuar com o manejo em grandes áreas e com a criação de projetos relacionados ao paisagismo e plantas ornamentais.
Engenharia Agrônoma ou Agronomia?
Mas afinal, qual a diferença entre a Engenharia Agrônoma e a Agronomia? A agronomia é uma ciência, um conjunto de princípios que regem a prática da agricultura. Dentre as diferentes áreas que fazem parte da agronomia está incluída a Engenharia Agronômica, assim como a Engenharia Florestal e a Agrícola, por exemplo.
Os profissionais formados nesta área da Engenharia, desde 1946, são denominados engenheiros agrônomos. Especialistas da área defendem que, devido a estes fatores, o termo correto a ser utilizado é Engenharia Agronômica, e não Agronomia, pois esta tem o significado de ciência, mais abrangente.
Portanto, não há agrônomos formados em um curso de Agronomia. Há algumas instituições no país que têm cursos denominados de Agronomia, mas pelo que está previsto na Legislação e em resoluções de órgãos como o CONFEA, esta nomenclatura está equivocada. Por exemplo, a Lei Federal 5.194/66 é a que regula a profissão de engenheiro agrônomo no país, e não está previsto o termo agrônomo. Citando o CONFEA, da mesma forma na Resolução 218/73 apenas está prevista a atividade do engenheiro agrônomo – e não do agrônomo, com esta denominação. Em suma, para atuar na área, engenheiros agrônomos são formados em cursos de Engenharia Agronômica.
As matérias do curso
O curso tem duração de 5 anos, com trabalho de conclusão de curso obrigatório. Entre as matérias da grade curricular, destaque para uma mistura entre temas da Biologia, Química e Física, o que faz com que o profissional necessite de uma bagagem nestas diferentes áreas.
Genética Molecular, Biologia Celular e Botânica são alguns dos exemplos de matérias relacionadas à área da Biologia. Anatomia e Fisiologia Animal, Bioquímica, Química e Fertilidade do Solo, além da Química Orgânica Ambiental são alguns exemplos relacionados à matéria da Química. E, por sua vez, na área de Física e Exatas, destaque para matérias como Cálculo, Fundamentos de Economia e Estatística.
Pelas diferentes áreas de atuação, e conforme as variações de matrizes curriculares em cada instituição, o profissional também tem aulas relacionadas à Geologia aplicada a Solos, Sociologia, Gestão de Negócios Agroindustriais, Economia e Administração Financeira, portanto, um curso bem abrangente, algo esperado devido às atividades futuras do engenheiro.
O mercado de trabalho
Mesmo com a crise financeira, devido à demanda por produtos agrícolas, inclusive voltados às exportações, e também devido à necessidade de se estimular uma produção eficiente e de qualidade, o profissional tem oportunidades de atuação. O agronegócio, mesmo com todas as dificuldades econômicas enfrentadas, permanece com destaque.
É possível atuar como profissional liberal em consultorias, assim como na área educacional, em instituições de pesquisa e de extensão, e também no terceiro setor. Além disso, tanto o setor público como o privado oferecem possibilidades de atuação. Trabalhar com o manejo ambiental, na sociologia rural, nas pesquisas e atuação em empresas de máquinas e implementos agrícolas e na construção rural são algumas possibilidades, as quais vão surgindo no mercado de trabalho, a cada dia mais dinâmico.
Faculdades com o curso
Universidade de São Paulo (USP) – Piracicaba -SP
Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) – São Carlos – SP
Universidade Estadual da Bahia (UNEB) – Barreiras – BA
Universidade Federal do Piauí (UFPI) – Bom Jesus – PI
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Paraná (IFPR) – Curitiba – PR
Referências: G1, Revista Globo Rural, Cursos e Profisssões, Guia do Estudante, Canal Rural, USP, IFPR, Blog da Engenharia