Profissional Industrial
Engenharia Nuclear
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Este é o ramo da engenharia voltado ao desenvolvimento de novas tecnologias para a área de geração e aplicação de energia nuclear. Este engenheiro trabalha em usinas que produzem eletricidade tendo como fonte elementos radioativos, como urânio.
Além de projetar, construir e operar reatores nucleares, ele também desenvolve e dá manutenção a equipamentos para proteção radiológica de uso da medicina, gerenciando seu funcionamento e supervisionando o cumprimento de normas de segurança.
Pode administrar a aplicação de radiação nuclear também na conservação de alimentos e na preservação de obras de arte. Costuma trabalhar em equipes multidisciplinares, com físicos, matemáticos, químicos, geólogos e engenheiros de outras modalidades.

Áreas de Atuação
Ensino Lecionar em universidades que ofereçam graduação ou pós-graduação em Engenharia Nuclear.
Reatores nucleares Projetar, construir e operar reatores.
Segurança Supervisionar o uso de material radioativo e os equipamentos de radiologia.
Mercado de Trabalho
Poucos engenheiros se graduam por ano. E o mercado carece de profissionais para lidar com a produção e a manipulação de produtos radioativos. A maior demanda ainda continua sendo dos órgãos vinculados ao governo, mas a procura por empresas privadas começa a aquecer. Empresas estrangeiras, como a Westinghouse, a Rosatom e a Areva, instalaram-se recentemente no país, o que deve elevar a procurar por esses profissionais.
Na indústria, eles são requisitados em funções como análise e desenvolvimento de projetos de reatores, na aplicação de radiação na medicina e na conservação de alimentos, por exemplo. A Amazul (Amazônia Azul Tecnologias de Defesa), empresa pública criada em 2013 para desenvolver tecnologia para o Programa Nuclear Brasileiro e para o setor nuclear da Marinha, ajuda a absorver uma parte dos profissionais que entram por meio de concurso público. O governo tem, ainda, a intenção de criar a Agência Nacional de Segurança Nuclear.
Hoje, a maioria dos bacharéis trabalha em universidades e órgãos públicos, como os institutos ligados à Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), órgão do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação; nas fábricas da Indústrias Nucleares do Brasil (INB); na Eletrobras Eletronuclear; na Nuclebrás ou nas usinas de Angra dos Reis.
Nesses locais, o graduado atua nas áreas de física de reatores, engenharia de reatores, análise de segurança e física nuclear aplicada. A Região Sudeste concentra o maior número de oportunidades. A retomada da produção de urânio neste ano na mina de Caetité, pela INB, deve elevar a procura por profissionais no estado.
Curso
A UFRJ é a única instituição a oferecer o bacharelado no país. As matérias básicas envolvem disciplinas das Ciências Exatas, com muita física, cálculo e matemática.
Além disso, o aluno estuda física nuclear, reatores nucleares, mecânica de fluidos, modelagem e controle de sistemas, termodinâmica e máquinas térmicas.
A realização de estágio e a apresentação de um projeto de conclusão de curso são obrigatórias.
Duração média: 5 anos
Referência: Guia do Estudante